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Presidente do SindCVM critica falta de proposta de reajuste para servidores do Executivo

“Esperamos não apenas o diálogo, mas que, além disso, o governo possa oferecer uma proposta concreta”. A afirmação é do presidente do SindCVM, Oswaldo Molarino Filho, durante ato de protesto virtual promovido pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) nesta terça-feira, 12 de dezembro. A data contou com uma paralisação nacional dos servidores do Executivo, durante a tarde, em prol da recomposição remuneratória.

A atividade teve a presença de diversas lideranças do funcionalismo, que teceram duras críticas à omissão do governo no que diz respeito ao reajuste para o próximo ano. Até o momento, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) não apresentou um índice de correção com vistas a 2024, e notícias recentes dos bastidores não trazem boas perspectivas às carreiras.

Para o presidente do SindCVM, é fundamental que, neste momento, os servidores do Executivo federal entendam a importância da unificação de esforços e do aumento da pressão ao governo, de modo que a Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), em curso no âmbito do MGI, não se torne apenas uma instância de debates infrutíferos. “Que possamos conversar sobre propostas e não apenas sobre esperanças”, concluiu Oswaldo Molarino Filho.

No mesmo sentido, o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, acrescentou que, apesar do “bom nível de interlocução”, os diálogos entre as partes neste segundo semestre ainda não se mostraram efetivos. “Caso ocorresse o contrário, não teríamos de estar aqui denunciando o descaso do governo com a questão salarial. Não existe uma política salarial para o funcionalismo, e isso tem que ser corrigido”, argumentou.

Ainda de acordo com ele, a omissão do Executivo frente às demandas da classe tem sido preponderante para o aumento do nível de insatisfação das carreiras. “Não adianta depois ir para o Judiciário tentar impedir greves, pois a única coisa que o governo conseguirá é criar mais animosidade e mais indignação”, ponderou também.