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Governo frustra servidores ao anunciar “reajuste zero” em 2024

Congelamento remuneratório em 2024. Este foi o indicativo da equipe do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) durante reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com lideranças do funcionalismo na tarde desta segunda-feira, 18 de dezembro. O presidente do SindCVM, Oswaldo Molarino Filho, integrou a bancada dos servidores do Executivo federal.

À mesa, o secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, alegou dificuldades orçamentárias e propôs apenas o reajuste de benefícios, a partir de maio do próximo ano: auxílio-alimentação, de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; o per capta saúde do valor médio de R$ 144,00 para R$ 215,00; e o auxílio-creche, de R$ 321,00 para R$ 484,90. Ainda de acordo com ele, perspectivas para recomposições salariais nos exercícios seguintes devem ser discutidas a partir de 2024.

De pronto, os representantes dos servidores se alternaram em críticas à falta de reajuste, uma vez que o congelamento, na prática, implicará a acentuação das perdas em razão do processo inflacionário e que a proposta do governo exclui aposentados e pensionistas, que não percebem tais verbas.

“O que causou repúdio foi a falta de uma política pública para o salário dos servidores federais e a retomada da prática de governos anteriores em não privilegiar o investimento no servidor, que mantém a qualidade dos serviços oferecidos à população”, destaca Oswaldo Molarino Filho.

As lideranças ainda pontuaram que, diante da ausência de uma proposta razoável, muitas categorias devem deliberar nas próximas semanas indicativos de greve.

O SindCVM, ao lado das demais representações da classe, seguirá lutando em prol de avanços na pauta reivindicatória e conclama que os servidores da Autarquia se mantenham atentos e prontos à mobilização.